Foto: Renan Mattos (Diário)
O Ministério da Infraestrutura confirmou que pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a suspensão cautelar da nova tabela de piso para contratação de frete. No final da tarde desta segunda-feira, a agência anunciou que a tabela, publicada na última quinta-feira e que levou à mobilização de dezenas de grupos de caminhoneiros no WhatsApp prometendo paralisações por conta do valor considerado baixo, foi suspensa e que voltou a valer a antiga. Na quarta, está marcada uma reunião entre o governo e líderes da categoria.
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No domingo, a Folha revelou que caminhoneiros passaram a circular nos grupos de Whatsapp mensagens atribuídas ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, direcionadas a caminhoneiros e informando que a tabela seria revista. A gravação também admitiria um erro do governo na elaboração das tabelas.
Nesta segunda, circularam vídeos de paralisações nos grupos de WhatsApp, ao mesmo tempo em que parte dos participantes se dizem frustrados com o tamanho abaixo do esperado para os atos. Wanderlei Alvez, o Dedéco, um dos líderes dos caminhoneiros, disse que as ações estavam começando pelo Nordeste. Em sua avaliação, a suspensão da tabela não é garantia imediata de que não haverá mais protestos, pois a categoria está inflamada.
O MOTIVO DAS QUEIXAS
A tabela que gerou insatisfação nos caminhoneiros foi publicada na última quinta-feira, baseada em estudos da Esalq-Log, da USP. Essa tabela criava 11 categorias diferentes de fretes, como de grãos, combustíveis e outros produtos. A partir dessa diferenciação, os valores de alguns tipos de fretes ficaram bem abaixo do que previa a tabela antiga, o que revoltou os caminhoneiros.
A categoria afirma não ter tido suas reivindicações ouvidas pelo governo e que os pisos definidos para o serviço não contemplam sua lucratividade.
Após o anúncio do ministro Freitas, um dos organizadores dos mais de 15 grupos de WhatsApp para mobilizar caminhoneiros para a paralisação avisou na manhã de ontem que "os grupos serão extintos". Em áudio, caminhoneiros celebraram a revogação.
*Com informações da Folhapress